Vasectomia

1 - O que é vasectomia?

É a cirurgia para esterilização masculina, ou em outras palavras, é a versão masculina da laqueadura, bloqueando a capacidade do homem em engravidar a parceira.

2 - Como é feita a cirurgia?

É uma cirurgia realizada ambulatorialmente ou no consultório médico, sob anestesia local. Através de uma pequena incisão na pele do escroto é identificado o canal deferente de cada lado, que é o ducto por onde os espermatozóides vão caminhar desde o testículo até a próstata e vesículas seminais, local em que ficaram armazenados até sua ejaculação. Neste região é feito o corte destes ductos e amarraduras das suas pontas. Depois a pele é fechada com 1 ou 2 pontos de fio absorvível. O homem pode voltar dirigindo para casa. É solicitado repouso sexual e de esportes por 7 dias e é obrigatória a realização de um espermograma (exame do esperma) depois de 60 dias e 20 ejaculações para confirmar o sucesso da cirurgia. Até esta confirmação o casal necessita manter os métodos anticoncepcionais de costume, para evitar uma possível gravidez.

 
 

3 -A vasectomia oferece algum risco ao paciente?

É um procedimento cirúrgico e, como tal, oferece os mesmos riscos que, por exemplo, a extração de um dente. As complicações como, hematoma, inflamação do testículo e infecção são raras. Em geral, o pós-operatório é bastante tranqüilo, alguns pacientes referem uma leve sensibilidade nos testículos durante alguns dias.

4 -A vasectomia é reversível?

Sim, a vasectomia é reversível, porém, a taxa de sucesso da cirurgia de reversão varia de acordo com o tempo pós vasectomia, por exemplo: caso o homem tenha se submetido à vasectomia há mais de 5 anos, a chance de sucesso com a reversão é bem menor de que se ele tivesse sido vasectomizado há 2 anos. Outro ponto: a cirurgia de reversão é muito mais delicada e deve ser realizada em nível hospitalar, sob anestesia troncular, com a utilização de material de micro cirurgia, incluindo microscópio, e sabendo-se da chance relativa de sucesso.

5 -Quem pode fazer a vasectomia?

De acordo com a lei 9.263, publicado no Diário Oficial da União em agosto de 1997, sobre a regulamentação do planejamento familiar, podem realizar vasectomia homens acima de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos ou nos casos onde a gravidez da cônjuge poderá gerar risco de vida. O casal, e principalmente o homem, devem estar seguros de sua decisão e felizes com o relacionamento conjugal.

6 - Esse número tem aumentado nos últimos anos?


O número de vasectomias tem aumentado nas duas últimas décadas por várias razões, entre as quais: consciência de um planejamento familiar condizente com a escala social, praticidade da cirurgia, baixo índice de complicações, custo da cirurgia que é menor de que uma laqueadura da mulher, quebra dos tabus sobre impotência e câncer de próstata.

7 -Após a vasectomia, o que muda no esperma ou na ejaculação ?


Aparentemente NADA, os espermatozóides correspondem a apenas 3% do volume do ejaculado enquanto o líquido seminal, que é produzido na próstata e vesícula seminal a 97%. Este líquido continua sendo eliminado normalmente durante a ejaculação, apenas não estão presentes os espermatozóides, que ficam presos nos testículos, onde são destruídos e reabsorvidos pelo próprio organismo.

8 –E na ereção e relação?

Com relação a função erétil ou potência sexual também não há nenhuma influência. Os nervos e vasos responsáveis pela ereção peniana não estão envolvidos durante a cirurgia de vasectomia. Não existe nenhuma relação anatômica entre as estruturas supracitadas e o canal deferente. Depois de realizada a vasectomia é solicitado ao paciente permanecer utilizando um método anticoncepcional como antes, até completar 60 dias. Alguns espermatozóides podem estar vivos dentro do trajeto, canal deferente e vesículas seminais. Por isso é solicitado o espermograma após este período e um total de pelo menos 20 ejaculações.

9 - Qual a possibilidade do paciente apresentar problemas após a cirurgia? De que tipo?

A incidência de complicações pós-operatórias é muito baixa. Algumas são: edema, dor, sangramento, hematomas e infecção. São complicações inerentes a qualquer cirurgia cutânea. Não existem complicações da esfera sexual.

10 - Segundo uma publicação científica realizada há alguns, a vasectomia aumenta a chance de câncer de próstata. É verdade?


Não, não há qualquer relação que mostre aumento da incidência de câncer em pacientes vasectomizados, nem de qualquer outra doença. Isto já foi provado e confirmado por diversos trabalhos e pesquisas científicas. Não há dúvidas de que a vasectomia é o melhor e mais inócuo método de esterilização dada sua simplicidade, exiquibilidade e nível de segurança.